como qualquer outra religião e uma pena

como qualquer outra religião e uma pena

 

Curiosidade importante ?????

Como qualquer outra religião, a nossa depende da fé pu­ra dos seus filhos para que o Santo possam incorporar-se, pois, sendo o Orixá uma entidade que faz parte dos mistérios do Criador, necessita da pureza material e espiritual dos seus fllhos para que possa cumprir a sua divina missão: de guiar e proteger seus filhos através de sonhos ou mesmo de re­cados, orientando-os no caminho da verdade e afastando-os do caminho do mal. Devemos considerar que, sendo o Omá uma entidade, não nos é dado o direito de vê-Io pessoalmente, o que nos causaria a morte instantânea, deduzindo-se daí necessidade de que a matéria esteja sempre em condições de receber o Orixá, isto é, a limpeza do corpo da Yaô por meio de Ebós, a fim de afastar os malefícios do passado. O Ebó de Ekuô e o Ebó de Ekuô Balé são feitos de tudo que a Boca come, e o que a Yaô dormir em cima é levado no dia seguinte pelo Akirijebó. Ebó de Égum é feito quando é preciso despachar almas parentas da Yaô; este Ebó não se manda para o cemi­tério. Dentro do Candomblé, quando há necessidade, amarra se e assenta-se o Égum como se faz geralmente com assento de Orixá.

O Égum não desce na cabeça de quem tem Santo assen­tado; é por isto que, se não for amarrado, atrapalha de toda maneira a vida da pessoa. Como é feito o assentamento de Égum: com uma cabeça de boi, dois metros de corrente de ferro, amarram-se o Égum no arvoredo, em lugar onde a pessoa não passe, ou, então, dentro do quintal do Candomblé, em Casa feita sã para esse fim. Os Ebós de Égum só podem ser feitos em noite de São João por homens de Ogum e de Oba­luayê, confirmados para este fim, que têm o nome de Oçabá de Égum. Nestes homens não desce Orixá.

É o principal, assegura a vida da Yaô ou de qualquer pes­soa já feita no Santo. Este Ebó significa dar de comer à sorte e a terra, pois é delas que nos vem tudo quanto o nosso corpo precisa na vida e na morte, porque as pessoas só se lembram da terra, para nela deixar a matéria podre. Pelo contrário, de­vemos dar tudo de bom, saboroso e saudável, igual comem os nossos Orixás. Esta comida da terra é feita da seguinte ma­neira: no próprio terreno onde está localizado o Candomblé cava-se um buraco com três palmos quadrados por cinco de fundo, nele colocam-se todos os animais, que vão ser levados aos Orixás. Para os Orixás fêmeos, separa-se uma galinha e, de acordo com as posses da pessoa, um animal de quatro pés, fêmea, sendo para os Santos homem animais machos, na se­guinte ordem.