TERMOS E NOMES NO RITO

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TERMOS E NOMES NO RITO

TERMOS E NOMES NO RITO

 Conforme dissemos, o candomblé no Brasil tem origem africana, sendo assim, utiliza termos e nomes cuja tradição, mantém em uso corrente no culto.

 A seguir, citamos alguns termos e nomes de uso freqüente:

 ATABAQUES:

                

                 RUM: É o maior deles, pertence ao Orixá dono do ILÊ.

               RUMPI: Menor que o Rum, seria o de tamanho médio.

               LÊ: É o menor entre os três.

               ILÛ: Pequeno atabaque usado na nação IJEXÁ.

 AKIDAVÍ ( AGHIDAVÍ): É o nome dado às varas com que se toca os atabaques.

 AXÉ: Princípio e poder de realização. Força que dá o movimento, sem ele tudo estaria paralisado. É a fonte que torna possível a renovação da vida. Pode ser transmitido através de comidas e bebidas ou pelo contato, já que pode ser transmitido a objetos e seres humanos.

Para que o Agbé possa atender à sua função de vê ter AXÉ. Para isso o “plantamos”, ou seja, fazemos símbolos que representam pontos de culto do axé. Uma vez plantado, se fortifica combinando todas as formas nele existentes:

 (a)  O Axé de cada Orixá, obtido através de oferendas, bori e iniciação.

(b)  O Axé de cada membro do terreiro (Egbé), somado com os de seu Orixá, através de um elo de ligação entre o filho-de-santo e o Orixá (Cuidado com os assentamentos e zelo pelas coisas do Orixá, além de respeito pelos irmãos e Babalorixá.

 (c)  O Axé dos antepassados do Egbé, seus ilustres mortos, cujo poder é acumulado e mantido ritualmente nos assentamentos do ILÊ-IBÓ OKU.

 EWÓ: São cuidados com oque o filho-de-santo come e faz, afim de não agredir ao Orixá (é o mesmo que quizila). Quem desobedece pode ter as mais variadas reações, tais como: enjôos, problemas materiais, espirituais, etc…

 ADÔXU: Nome dado às pessoas iniciadas no culto aos Orixás (Oxú). Pequeno cone feito de ervas e outros axés, colocados no alto do Ori do Iaô.

 ATAKÂN: Pano que envolve o peito da filha-de-santo quando está incorporada pelo Orixá.

 AGOGÔ: instrumento de ferro com dois sinos, badalo, superpostos, um menor que o outro, donde se tira som batendo-se com um pedaço de ferro.

 ADJÁ: Sinos de metal, usados pelos zeladores para chamar os orixás.

 ABIÃ: São filhos ou filhas-de-santo que ainda não se iniciaram, ou seja, não nasceram.

 AJUNTÓ ou JUNTÓ: É o segundo Orixá que comanda a pessoa junto com o seu Orixá assentado no Ori no dia de sua feitura.

 ABASSÁ: Salão onde se realizam as cerimônias públicas do candomblé.

 AYÊ: Terra (planeta).

 ORUN: Além do céu.

 ILÊ: Terra (chão).

 ILÉ: Pombo.

 Exemplos:          ILÊ-AXÉ: Casa privada destinada ao recolhimento do Iaô.

                       ILÊ-IBÓ OKU: Casa onde são adorados os mortos e onde se encontram seus assentamentos. O local deve ser guardado por sacerdotes preparados para este mistério. É separado do resto do terreiro (Egbé), sendo conhecida também como ILÊ ISINMI.

 EGBÉ: Nível, perto, roça-de-santo, terreiro.

 EJÉ: Sangue.

 ILARE: brado de guerra do Orixá, erradamente chamado “ilá”.

 ILÁ: Quiabo.

 ADOBALE: Bater cabeça ao Orixá.

 DIDÊ: Levantar. Exemplo: “Didê Orixá!”

 JOKÔ: Sentar.

 ADUPÉ ou DUPÉ: Obrigado. Exemplo: “Adupé lowó Olorum” (obrigado à Olorum, agradeço à Olorum)

 DIJINA ou DJINA: Nome da iniciada ou iniciado.

 IRUNMALÉ ou IRUNMOLÉ: São aqueles que habitam o Orum, também chamados Irunmolés e ARA_ORUM. Usa-se essa terminologia durante as invocações, no começo dos rituais, como por exemplo: “Awom irinwó Irunmolé ojû kofun” (Os quatrocentos Irunmolés do lado direito e os duzentos do lado esquerdo).

 OSIWAJU: O primeiro cargo, primeiro Orixá para os Yorubás (Oduduwa e Oxalá). Na Bahia Ogum, Exu, e Oxossi.

 OSI: Lado esquerdo.

 OTUM: Lado Direito.

 ORI: Cabeça.

 PARTES EM QUE SE DIVIDE O ORI:

      ORI: Centro da cabeça.

    ÔJU-ORI: Parte da frente.

    IKÔKO ORI: Parte de trás.

    OPÁ OTUM: Lado direito.

     OPÁ OSI: Lado esquerdo.

 IBORI ou BORI: É a cerimônia realizada dentro do culto para adoração à cabeça (ori). São oferecidos sacrifícios ao ORI-INU e ao IGBÁ-ORI da pessoa. Durante este ritual, quaisquer que sejam as oferendas devem ser dadas à cabeça. Todos deverão comer obi.

 O OBI E SUA IMPORTÂNCIA:

 O Obi é um fruto africano, produtor da noz de cola.É utilizado em quase todas as oferendas (cerimônias). É o primeiro oferecimento que se faz à cabeça antes de qualquer obrigação. Pode ser oferecido inteiro ou triturado pelos dentes. A massa mastigada é oferecida aos quatro lados da cabeça e ao centro.

 SAUDAÇÃO AO ORI:

 “ Ori pele atete miran

atete gbeni kòósá

ko sòósa tu danil gbé

léyin ori eni ori pélé

ori aloiye eni oriba

gboboo re re yo sebe

kó yó sésé”

OJÚ-ORUN: O céu.

 ORUPIN: Cargo de todos os axés das obrigações do Iaô.

 OTÁ: Pedra do Santo.

 cuidados com o Otá:

 -          Não lavá-lo com sabão, esponja e similares;

 -          Não mudar sua posição;

 -          Limpá-lo com farinha de acaçá;

 -          Pode-se colocar o sumo das ervas do Axé do Orixá;

 -          Recomenda-se rezar para o Orixá durante o ossé;

 -          Colocar somente o necessário, sem exageros;

 -          Transmita a ele somente energias positivas;

 -          Evite que outras pessoas zelem por ele, a obrigação é sua.

 PAÓ: Bater de palmas ritmado e específico, para demonstrar respeito, reverência e submissão. Representa o ato de despertar os Orixás, usado antes e depois das incorporações, oferendas, etc…

 IPADÊ ou PADÊ: Significa ato de reunir. Trata-se de cerimônia pública realizada no início de qualquer festividade (de saída de Iaô ao Axexê).

 No Ipadê é oferecido a Exu:

 OMI (água): que é a oferenda por excelência

 I EFUN (farinha): caracteriza abundância

 EPÔ (dendê): poder de gestação, ação

 OTÍ (cachaça): bebida destilada de sua preferência

 OYIN (mel): beleza, energia

 AKAÇA: pasta feita com milho branco, enrolado na folha de bananeira (alternativo), é feito ao por do sol.

 Observação: Tipos de toques executados nas cerimônias

 ALUJÁ: Toque predileto do Orixá XANGÔ.

 OPANIJÉ: Toque específico de OBALUAÊ.

 AGUERÊ: Toque cadenciado com duas em duas variações, uma para OXOSSI e outra para OYÁ, mais conhecido como “Quebra-pratos”.

 ADARRUM: Toque muito rápido e contínuo, usado para chamar os Orixás às cabeças dos filhos.

 BOLONÃ: Toque para bolar